Você já ouviu falar sobre uma revolução que está acontecendo no setor industrial? Esta revolução integra tecnologias físicas e digitais em todas as etapas do processo produtivo e faz com que máquinas conversem e troquem comandos entre si, armazenando dados em nuvem, identificando defeitos e fazendo correções em tempo real. A combinação desses fatores está transformando o processo produtivo tradicional e levando a um movimento de desenvolvimento que foi nomeado como Indústria 4.0.
A indústria 4.0 é um conceito que começou a ser implantado a partir de 2013, originado através de um projeto do governo da Alemanha voltado para novas estratégias que aliam tecnologia e meios de produção. O fundamento básico desse novo conceito mostra que as fábricas que conectam máquinas e sistemas têm capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas em processos e se adaptar a mudanças inesperadas que ocorrem nas etapas de produção.
O objetivo do modelo de indústria inteligente é caracterizado pela capacidade de adaptação, eficiência dos recursos e integração de todos os envolvidos nos processos de criação de valor e estratégia. Para alcançar esse propósito, a Indústria 4.0 tem sua base tecnológica composta por sistemas Cibernéticos, Internet das Coisas, Big Data, e Dados em Nuvem. Combinadas, essas tecnologias pretendem tornar autônomos e mais eficientes as etapas de produção.
No Brasil
A indústria 4.0 já é uma realidade em países como Estados Unidos e Alemanha, no Brasil, por enquanto, essa modernidade ainda está em desenvolvimento. Uma pesquisa sobre a adoção de tecnologias relacionadas à Indústria 4.0 no Brasil, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que o principal desafio do país é aproximar especialistas e indústrias para a ampliação de conhecimento acerca dos benefícios que essa revolução pode trazer para a cadeia produtiva. Além disso, é preciso que o governo contribua nesse processo com o aumento de políticas que promovam a digitalização do Brasil, pois é preciso que a infraestrutura digital receba investimentos e capacitação profissional para o aumento da eficiência de plataformas tecnológicas.
Tecnologias Essenciais
Existem alguns pilares que sustentam a base tecnológica para o desenvolvimento da Indústria 4.0. Esses pilares, que representam os principais avanços alcançados na área da tecnologia nos últimos anos, são: a Internet das Coisas, o Big Data e a inclusão de informações em nuvem . O principal objetivo da Internet das Coisas é conectar objetos físicos, ambientes e máquinas à rede mundial de computadores, que, por sua vez, permite a coleta e a troca de dados entre esses itens. Já o Big Data, que descreve o gigantesco volume de dados estruturados e não estruturados coletados e armazenados por softwares, é aplicado ao contexto da Indústria 4.0 para a qualificação desses dados, transformando-os em informações relevantes para o negócio. Tratando-se de Nuvem ou Cloud Computing, uma pesquisa da consultoria Gartner aponta que, em 2020, uma politica corporativa de não adoção ao cloud será tão rara quanto uma política de não adoção da internet hoje. Não é difícil entender o motivo. Os serviços em cloud seguem regras criteriosas de segurança, oferecem alto grau de disponibilidade e backups diários. Dá para competir com isso..?
Para se adaptar a esse cenário, além de aprimorar novas tecnologias, os profissionais também precisam ser capacitados para lidar com a nova forma de trabalho. É necessário que as pessoas sejam qualificadas dentro desse modelo inovador de produção, onde a interação entre homens e máquinas acontecerá de maneira mais intensa.
E você, o que acha da era das indústrias inteligentes?